
O presidente executivo da Vodafone Portugal, Luís Lopes, veio a público desvalorizar o impacto que a entrada da DIGI tem tido na sua base de clientes, afirmando que não se verifica uma "fuga dramática". Numa conversa com jornalistas, o CEO sublinhou que a estratégia da Vodafone não passa por uma guerra de preços baixos.
O objetivo da operadora, como se pode ler no Jornal de Negócios, passa por oferecer "value for money", ou seja, qualidade a um preço justo. Luís Lopes reconhece que existe um segmento de consumidores em Portugal focado exclusivamente no preço. Mas argumenta que a maioria procura um equilíbrio entre qualidade e custo.
CEO da Vodafone diz que não se assistiu a uma "sangria completa de clientes"
Para o responsável, a prova disso é que, apesar de a DIGI praticar preços "em alguns casos, 80% mais baratos", não se assistiu a uma "sangria completa de clientes" como seria de esperar se o preço fosse o único fator. Segundo o CEO, a Vodafone mantém hoje o mesmo número de clientes que tinha antes da entrada da DIGI no mercado nacional.
Luís Lopes admite que "obviamente" perderam clientes para a nova operadora, mas garante que também ganharam outros neste período. Pelo que, segundo o executivo, a base de clientes da operadora se mantém estável.
Isto só confirma a estratégia que tanto a MEO como a NOS têm seguido com as suas marcas principais desde a chegada da DIGI a Portugal. Também a Vodafone não vai entrar numa corrida desenfreada para baixar preços, preferindo focar-se na qualidade do serviço como principal argumento de diferenciação face à concorrência agressiva da DIGI.
Na 'guerra' de preços com a DIGI, a Vodafone aposta na sua operadora lowcost Amigo.
