
A bateria é um dos componentes mais importantes de qualquer dispositivo eletrónico. O que se calhar não sabias é que esta pode ser melhorada através da reutilização de… lixo. Sim, leste bem. Neste caso, de plástico que vai para o lixo.
Todos os anos, são desperdiçadas várias toneladas de plástico. De forma a reaproveitá-lo, houve um grupo de cientistas da Shenyang Agricultural University e da Academia Chinesa de Ciências que repensaram a sua utilidade (via Gizmodo).
Os pesquisadores concluíram que o plástico pode ser transformado em materiais de carbono avançados, como grafeno ou carbono poroso. Note-se que estes são componentes muito importantes para a criação de baterias de lítio, muito usadas em smartphones (e não só).
Transformar um problema em solução útil
Na ótica dos cientistas chineses, o grande objetivo aqui é transformar um grande problema (excedente massivo de plástico) num material útil ao ser humano. Desta forma, não só se diminuiriam os índices de poluição como se produzia algo útil e necessário.
De acordo com alguns testes relacionados com a pesquisa, sabemos que o carbono tem a possibilidade de atingir capacidades de armazenamento semelhantes ao limite teórico das baterias de selénio. Na prática, estas baterias de “plástico” continuariam a aguentar vários ciclos de vida, sem contraindicações no seu funcionamento.
Para a professora Yan Chen, da South China University of Technology, seria um passo muito importante no sentido de fomentar uma economia circular do carbono. Ou seja, um ciclo em que os resíduos não são desaproveitados, mas sim usados de outra maneira.
Seria interessante entender de que maneira esta reutilização funcionaria, em contexto real. Pelo menos, uma coisa é certa: as gigantes tecnológicas estão cada vez mais voltadas para criar dispositivos com baterias aprimoradas e o ano de 2025 é prova clara disso mesmo.
Há cerca de um ano, falávamos numa bateria de 6.000 mAh para um telemóvel, parecia um número muito alto. Hoje em dia, já é cada vez mais frequente vermos esses valores e até bem mais. Um exemplo recente disso é a Realme, que anunciou um telemóvel de 15.000 mAh.
