O telefone fixo mantém uma presença significativa nas casas portuguesas, apesar da crescente digitalização e da predominância dos telemóveis. Os dados do 4.º trimestre de 2024 partilhados pela ANACOM revelam que a taxa de penetração dos acessos telefónicos fixos em residências atingiu os 95,7 por 100 agregados domésticos. É um aumento de 0,5 pontos percentuais em comparação com o mesmo período do ano anterior.
O número elevado indica que a grande maioria das casas em Portugal ainda possui uma linha telefónica fixa. O total de clientes de telefone fixo em modalidade de acesso direto é de aproximadamente 4,5 milhões. Registou um acréscimo de 0,6% face ao 4.º trimestre de 2023. O crescimento é atribuído à integração do serviço de telefone fixo em pacotes de telecomunicações.
O parque de acessos telefónicos principais atingiu 5,5 milhões de acessos equivalentes, um aumento de 0,4%. O crescimento está relacionado com o aumento dos acessos suportados por fibra ótica e TV por cabo. No entanto, o número de acessos analógicos continua a diminuir. Representa agora apenas 3,4% do total.
A substituição gradual dos acessos analógicos por redes de nova geração (fibra ótica, TV por cabo e redes móveis fixas) é evidente. Estas últimas já representam 93,8% dos acessos telefónicos. Contudo, o tráfego de chamadas originado em postos públicos tem vindo a diminuir drasticamente.
O tráfego de chamadas em rede fixa também diminuiu, com uma redução de 9,3% em comparação com o período homólogo. As chamadas fixo-fixo são as que registam a maior quebra, com uma diminuição de 15,8%. Em média, cada acesso telefónico fixo regista 36 minutos de chamadas por mês, menos 4 minutos do que no ano anterior.
Quota de mercado por operadora
Em termos de quota de mercado, a MEO lidera com 41,8% dos clientes de acesso direto. É seguida pelo Grupo NOS (34,1%), Vodafone (21,1%) e Grupo DIGI/NOWO (2,3%). A MEO e a Vodafone registaram um ligeiro aumento na sua quota de mercado. Já o Grupo NOS registou uma ligeira diminuição.
O telefone fixo persiste em grande parte dos lares portugueses, impulsionado pela oferta de pacotes de serviços integrados. No entanto, o seu uso diminui gradualmente. Não é expectável que aumente em 2025.