Quando falamos em motores de busca, é provável que nos “salte” logo à cabeça a Google. Há cada vez mais concorrentes nesta área, mas uma coisa é certa: a Apple não será um deles. A confirmação foi dada pela própria empresa nos últimos dias.
De acordo com a Reuters, foi possível aceder a uma declaração da Apple, em tribunal, esta segunda-feira, dia 23 de dezembro. Entre os vários temas que foram discutidos nessa sessão, a empresa tocou no facto de não querer ter o seu próprio mecanismo parecido à Google (via Mashable).
Os motivos evocados por Eddy Cue, vice-presidente sénior de serviços da Apple, foram:
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Seria muito caro
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A grande aposta recente e crescimento da Inteligência Artificial (IA) faz com que este ramo de negócio viva momentos de grande incerteza
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A Apple não tem interesse em vender publicidade direcionada, já que isso resultaria num conflito de interesses com as suas políticas de privacidade definidas
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A marca não tem os recursos humanos nem a ínfraestrutura necessária para levar o projeto avante
O acordo entre a Apple e a Google que também justifica a “não-aposta” neste segmento
Como refere a mesma fonte de informação, há outro aspeto que, apesar de não ter sido mencionado diretamente por Eddy Cue, pode estimular a Apple a não querer criar o próprio browser.
Neste caso, tem a ver com o facto de a Google ter pago cerca de 19 mil milhões de euros à Apple, em 2022, só para que o Google fosse o motor de busca padrão do Safari. Segundo o governo federal, o acordo em questão não se coaduna com as leis dos Estados Unidos.
A juntar aos quatro motivos anteriormente mencionados, é mais uma razão que faz com que a Apple não deva criar um browser próprio. Tal como a 4gnews chegou a noticiar, recorde-se que a Google, nos últimos tempos, deu que falar, por causa da sua política de privacidade.
Numa fase inicial, teria colocado a hipótese de acabar com os cookies. No entanto, no verão deste ano, acabou por confirmar que o objetivo é ter uma “abordagem diferente”, ao contrário do que chegou a ser sugerido.