Ao que tudo indica, há duas “gigantes” do mundo automóvel que podem estar prestes a unir esforços. Trata-se da Honda e da Nissan, que têm planos de partilhar recursos e conseguir, assim, cooperar diretamente na criação das suas novas tecnologias.
Tal como refere a Reuters, um dos objetivos principais é fazer frente à atual preponderância de marcas como a Tesla e marcas emergentes da China, como a BYD, por exemplo. Seria assim criada uma espécie de “holding”.
O que dizem Honda e Nissan sobre o assunto?
Face aos rumores de uma agregação das duas empresas, tanto a Honda como a Nissan fizeram uma declaração pública, esta terça-feira, dia 17 de dezembro. Nesta, deram a entender que ainda estão numa fase de análise e que não há nada definido ainda.
"Conforme anunciado em março deste ano, a Honda e a Nissan estão a explorar várias possibilidades de colaboração futura, de forma a aproveitar os pontos fortes uma da outra" - explicaram.
Nesse sentido, disseram que, apenas no momento apropriado, iriam informar das potenciais parcerias futuras, que aparentemente estão a caminho. Quem não teceu qualquer tipo de comentário foi a Renault, que é uma das principais acionistas da Nissan.
Como referido anteriormente, um destaque no setor automóvel, ultimamente, tem sido o crescimento de marcas da China. Tanto assim é que, noutras regiões, as tarifas têm vindo a aumentar. Sendo estas a concorrência de Nissan e Honda, há um natural aumento de pressão nas duas marcas que, ao que tudo indica, estarão prestes a juntar-se.
Especialista no setor automóvel comenta os “desafios” de Nissan e Honda
Quanto a esta união de marcas, Jessica Caldwell explica que "o pensamento de que alguns desses jogadores menores podem sobreviver e prosperar está a ficar mais desafiador, especialmente quando adicionamos a complexidade de todos os fabricantes chineses que entraram e estão a competir fortemente".
A analista especializada da Edmunds acrescenta ainda que “é meio que necessário sobreviver, não apenas sobreviver, mas também apenas para pagar o futuro". Para isso, importa ter em conta o panorama geral, nos tempos recentes.
Segundo a Reuters, só em novembro, a China foi responsável por 70% das vendas de carros elétricos. Ou seja, marcas como a Nissan e a Honda vêm a perder cada vez mais preponderância dentro do setor.
A situação é extensível a outras marcas de automóveis na Europa. Um exemplo disso mesmo é a Volkswagen que, de acordo com a fonte referido, ameaçou fechar fábricas na Alemanha, pela primeira vez em 87 anos.
Quanto ao novo acordo entre Nissan e Honda, é ainda colocada a possibilidade de haver a junção da Mitsubishi. De qualquer modo, a marca ainda não fez comentários sobre o tema.