13 Reasons Why é, talvez, a primeira série que ligou verdadeiramente a Netflix ao público jovem. Pelo menos, para grande parte dele. O título contava com uma só temporada, treze episódios.
No entanto, as opiniões acerca da sua continuidade eram distintos. Muitos queriam uma segunda temporada, outros diziam que não poderia existir. Ora, um ano depois, a segunda temporada foi disponibilizada, com o mesmo número de episódios, e esta é a análise a essa.
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De facto, a série da Netflix poderia (e devia) ter mais uma temporada, pelo menos. Os temas por ela abordados são sensíveis e, verdade seja dita, a 1.ª foi muito boa. Houve drama, romance, suspense, tudo. Tudo isso, é claro, enquanto um grande tema era focado severamente.
Havia outros, em questão – como a homossexualidade, exemplo –, mas todos eles se guiavam por uma linha cronológica muito clara, cassetes, com destino ao bullying. E na segunda temporada?
Muitos dizem que a série da Netflix devia ter terminado na primeira temporada...
Bem, para ser sincero, as expectativas colocadas por mim talvez estivessem reduzidas de tal forma que, ao contrário do que muitos poderão pensar, pode dizer-se que foi uma boa season.
O caso Hannah Baker, passe a expressão, encerrou-se finalmente, depois de ter ficado em aberto no final da temporada anterior. No entanto, com o fim das cassetes, vieram as fotografias. E lá está, não pode sequer ser feita uma comparação entre essas e as “fitas” em si.
Ou seja, se a temporada 1 tem, como pilar, cada lado da cassete e o que nela acontece – quem representa –, as fotografias são secundárias. Por outro lado, ao não haver um guia para todos os acontecimentos, eles acabam por se tornar relativamente desorganizados.
Continua a haver vários aspetos que a Netflix frisa com 13 Reasons Why, sim. Desde violação, homossexualidade, controlo parental, consumo de droga até simples conflitos de interesses. Porém, de uma forma ainda mais dramática ainda que menos real. Isto é, menos sentida.
Se na primeira temporada tudo era passível de criar uma lágrima no canto do olho de quem assistia, de fazer o espectador “odia” a protagonista depois de a “adorar” no episódio anterior, desta vez tal não acontece.
A panóplia de temas abordados aumentou e o elenco alterou-se ligeiramente. Pode dizer-se, no final do 26.º episódio, que das treze (ou catorze) cassetes algumas das personagens a elas associadas terão concluído o seu papel na série da Netflix.
13 Reasons Why foca temas vários relacionados com o meio mais jovem...
Todavia, essa ainda é a questão mais sonante. Conseguirá (ou deverá) existir uma terceira temporada de 13 Reasons Why nos mesmos moldes das duas últimas? Isto é, até que ponto se pode permanecer em Liberty? Não haverá a possibilidade de se andar em círculos? Alguns dirão que sim, outros que não. Depende da perspetiva, não é verdade?
Seja como for, claramente que, mantendo o universo presente da série, poderão ainda ser colocadas algumas questões no ar. Sem dúvida que uma terceira temporada será bem-vinda, com mais treze episódios, mas que muito poderá deixar de fazer o sentido que se perdeu já na season 2.
Há que esperar para ver.
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