A Microsoft é uma empresa que, tal como muitas outras, se preocupa em dar ao consumidor o melhor que pode, para que este tenha a melhor experiência possível. Seja através do Windows ou de produtos como os Surface Pro, Book ou Laptop, esse é o seu objetivo.
Ou deveria ser. Porquê esta questão? Bem, nos últimos dois anos, usei um Surface Pro 4 como o meu portátil, tablet, ou o que se lhe quiser chamar, diariamente. Com ele, posso dizer, escrevi quase todos os artigos que podes encontrar na 4gnews elaborados por mim.
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Contudo, essa foi só uma pequena parte do proveito que tive na utilização do Surface Pro 4. Ora, o pior foi quando - ao completar os dois anos de utilização -, algo correu menos bem.
O Surface Pro 4 andou de um lado para o outro sem problemas durante dois anos...
De um momento para o outro, o meu Surface começou a apresentar "Blue Screen" repetidamente. Desligava-se, voltava a ligar-se e, passados três ou quatro minutos, tudo azul. E o processo repetia-se.
De forma a tentar solucionar o problema, contactei o Suporte da Microsoft que prontamente se disponibilizou em ajudar-me. O problema do dispositivo era visível e, desse modo, o processo de troca do mesmo - que ainda estava na garantia -, eminente.
E foi isso que aconteceu. Cerca de duas semanas depois, tinha um portátil "novo" para usar. Um Surface Pro 4, tal como o que utilizava anteriormente. E para minha felicidade, sem ecrãs azuis.
No entanto, rapidamente percebi que o problema não tinha terminado. Ao fazer algo mais complexo do que abrir um documento no Word, o ecrã começava a ter o famoso problema denominado por Flickergate.
Com o aquecimento do dispositivo, o ecrã ficava fixado a uma determinada imagem - aplicações abertas nesse momento - e daí não saía, mesmo que as fechasse. Podia ter colocado o Surface no frigorífico, podia. Mas, como é óbvio, não o fiz.
O que fiz foi entrar novamente em contacto com o Suporte da Microsoft. Expliquei a nova situação e o desagrado que dela surgiu. Afinal, o novo Surface deveria ter resolvido o problema que tinha com o anterior, não agravá-lo.
A Microsoft deveria ter um Suporte mais rígido...
Mais uma vez, tive de enviar o Surface para trás e receber um novo. Outras duas semanas de espera. O pior vem a seguir.
O Microsoft Surface Pro 4 - o segundo que recebi - nem precisou de ser iniciado (na sua totalidade) para que automaticamente me apercebesse do seu problema. Também no ecrã, desta vez foi uma pequena marca que nele se pode ver. Ela é visível e deverá ter tido origem num contacto físico qualquer.
Até poderá ter sido no transporte, quem sabe. Todavia, nada tem que ver com o cliente final - que sou eu neste caso - e, consequentemente, não há mais ninguém a responsabilizar que não a própria Microsoft.
Dito isto, resta apenas sublinhar o meu descontentamento. Depois de dois anos a recomendar a compra de produtos Surface - tendo em consideração a minha experiência pessoal - estou agora mais desmotivado a fazê-lo do que em qualquer outro momento.
Com todo este processo, acabei por perder ficheiros entre Surfaces, tempo e, acima de tudo, a imagem que tinha da marca. É óbvio que estiveram (nas três situações) aptos a resolverem o meu problema.
Porém, isso não é suficiente. Os Surface Pro (e não só) da empresa de Redmond são produtos caros, cujo preço deverá ter em consideração o tratamento ao cliente. Com efeito, ninguém espera ter um problema e ver que novos aparecerão em consequência disso.
Pelo menos eu. Nesta altura, só queria ter tudo isto resolvido. Afinal, o Surface Pro 4 é o terminal que uso no âmbito escolar e de trabalho, ou seja, para tudo. Espero apenas que seja o único a enfrentar (ou a ter enfrentado) uma situação como esta.
E claro, que a política de apoio ao cliente da Microsoft se altere significativamente. Não são só os novos produtos que têm de receber a máxima atenção dos seus trabalhadores, mas também os recondicionados - prontos a integrar a mochila ou secretária de qualquer cliente.
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