A gigante dos smartphones prepara-se para levar o nome Galaxy para o espaço — literalmente. A Samsung está a preparar uma entrada ambiciosa no setor da infraestrutura espacial.
Os planos incluem o desenvolvimento de plataformas de lançamento, semicondutores preparados para o ambiente espacial e até parcerias com agências e universidades para investigação aeroespacial. O objetivo? Posicionar a Coreia do Sul como potência na nova economia espacial.
Os planos da Samsung para a indústria aeroespacial

De acordo com a reportagem do The Korea Economy Daily (via AndroidHeadlines), a Samsung está a trabalhar com o Departamento de Engenharia Aeroespacial da Universidade Nacional de Seul. O plano é desenvolver um centro de investigação e desenvolvimento dedicado à construção de instalações espaciais.
Segundo fontes da indústria, o grupo sul-coreano já iniciou o trabalho de pesquisa preliminar num projeto chamado "planta espacial", com o objetivo de criar uma instalação de lançamento de foguetes. A iniciativa está a ser liderada pela Samsung C&T Corp., a divisão de engenharia e construção do grupo.
Parcerias estratégicas e semicondutores preparados para o espaço
Além das infraestruturas físicas, a Samsung Electronics também se está a posicionar no desenvolvimento de semicondutores resistentes à radiação espacial. Recentemente, assinou um acordo com o Instituto Coreano de Astronomia e Ciências Espaciais para testar um CubeSat experimental, o K-Rad Cube, que será lançado a bordo do voo de teste Artemis II da NASA.
Este movimento estratégico visa validar a resistência de componentes eletrónicos em ambientes espaciais extremos, essenciais para missões orbitais, satélites de comunicação e equipamentos científicos.
Por que a Samsung está de olho no espaço?
A entrada no setor espacial não é apenas uma jogada de branding. Trata-se de uma resposta a uma oportunidade de mercado global em rápido crescimento.
Segundo dados da Precedence Research, o mercado de serviços de lançamento espacial nos EUA poderá crescer de 5,1 mil milhões de dólares em 2025 para 18,7 mil milhões até 2034 — uma taxa média anual de 13,7%.
Além disso, países como Suécia, Noruega, Reino Unido e Taiwan estão a investir em plataformas de lançamento próprias. Segundo especialistas, a entrada da Samsung nesta área pode ser um trunfo importante para a Coreia do Sul, que procura acelerar o seu posicionamento como potência espacial.