Sundar Pichai, CEO da Google, lançou um editorial no jornal The New York Times. A coluna centrou-se na visão da empresa de Mountain View em relação à privacidade. A Google acha que a “privacidade não deve ser um bem luxuoso”, naquilo que é uma clara farpa à Apple.
Para o CEO da Google, a visão é de que a privacidade não pode estar só ao alcance de quem adquire produtos e conteúdos premium. No último evento da Apple, um dos grandes focos foi também a privacidade anunciada nos novos produtos e serviços. Contudo, esta só está ao alcance de quem esteja dentro do ecossistema.
É aqui que empresas como a Google e a Apple se separam. Ambas estão a dar grande valor à privacidade, mas a empresa de Mountain View está preocupada em que esta seja uma realidade para todos.
Pela voz do seu CEO, a Google mostra-se privilegiada porque biliões de pessoas confiam nos seus produtos. Todos usamos a Pesquisa, que é incortonável. Mas se o Chrome é o browser mais usado, o Android é também o sistema operativo que a maior parte dos consumidores têm no seu smartphone.
A Google quer dar-te mais poder em relação à informação que pode recolher sobre ti
"Durante os últimos 20 anos as pessoas confiaram na Google para responder a perguntas que não fariam ao amigo mais próximo”, escreve Sundar Pichai. A Google não quer apenas continuar a merecer essa confiança. Quer também dar-te cada vez mais poder quanto à informação que esta recolhe de ti.
O modo anónimo que conhecemos do Chrome já está disponível no Youtube. A ideia é que possas navegar à vontade, sem iniciares sessão. Segundo a empresa anunciou no evento Google I/O, o Maps também se prepara para receber em breve um modo de navegação anónimo.
A ideia passada por Sundar Pichai é de que a Google nunca vende informação a terceiros. E que tu é que controlas como essa informação é usada. São esses dados que melhoram a tua experiência e que te permitem pedir ao Maps para te indicar o caminho de casa sem lhe dizer onde moras.
Os anúncios que a Google te mostra apenas advêm de pesquisas que fazes
Os teus dados são o que permite à Google providenciar-te os melhores anúncios. São esse anúncios que pagam uma experiência gratuita. E segundo o CEO da Google, estes são gerados apenas por dados do que pesquisaste no passado. E não por dados privados do Gmail, por exemplo.
Está também no ADN da Google criar produtos acessíveis a todos. Veja-se não só o exemplo da Pesquisa ou do Maps, mas também do Android GO. Em smartphones que apelam a um consumidor com poucas posses, a Google oferece a experiência do Android puro.
As políticas de privacidade anunciadas pela Google há uma semana, dão-te a escolher o tempo que queres que os teus dados fiquem gravados. A Google pensa também que os Estados Unidos devem criar uma legislação semelhante à que existe na Europa quanto à proteção de dados. Ou seja, em breve poderemos ver um RGPD (Regulamento Geral da Proteção de Dados) nos Estados Unidos.
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