Os avanços da tecnologia são tantos que, hoje em dia, já vamos vendo coisas que, há uns tempos, pareciam ficção científica. O “RoboCake” é um exemplo disso mesmo. Como o próprio nome indica, é um bolo robô. Sim, leste bem.
De acordo com a New Atlas, a bateria é recarregável, só que há um “problema”: também é comestível. Ou seja, podes literalmente comer a carga do bolo. Este conceito foi criado por cientistas da École Polytechnique Fédérale de Lausanne (EPFL) da Suíça e do Instituto Italiano de Tecnologia (IIT).

Afinal, de que é feito este bolo-robô?
Acerca do “RoboCake”, os cientistas explicam melhor o seu conceito. Começando pelo topo do bolo, conseguimos ver em cima a imagem de dois ursos. Ora bem, segundo Bokeon Kwak, do Laboratório de Sistemas Inteligentes (LIS) da EPFL, “são feitos de gelatina, xarope e corantes”.
A parte interessante é que estes ursinhos conseguem dançar em cima do bolo. Como refere o mesmo meio noticioso, estes “possuem um sistema pneumático interno que movimenta os seus membros e a cabeça”. Sabemos ainda que têm sabor a romã.
Já os investigadores do IIT, por sua vez, foram responsáveis por criar a primeira bateria recarregável comestível do mundo. Para tal, misturaram vários ingredientes, entre os quais vitamina B2, quercetina, carvão ativado e chocolate.
Nas palavras de Valerio Galli, do IIT, "essas baterias, seguras para consumo, podem ser usadas para acender as velas de LED no bolo. O primeiro sabor que se sente ao comê-las é chocolate amargo, seguido por um toque picante, devido ao eletrólito comestível no interior, que dura alguns segundos" (via New Atlas).

O potencial da comida inteligente
Os investigadores responsáveis pela criação do “RoboCake” não se ficaram por este bolo, em exposição na Expo 2025 de Osaka, e também falaram sobre o potencial da comida inteligente no futuro.
Em primeiro lugar, começaram por referir que este tipo de utilização poderia ser muito benéfico, em termos ambientais. Neste caso, ajudariam a minimizar o desperdício de lixo eletrónico e de alimentos.
O projeto RoboFood é liderado por Dario Floreano, chefe do LIS, e tem um custo a rondar os 3,5 milhões de euros durante 4 anos. Nele, trabalham cientistas alimentares e especialistas em robótica.
Floreano acrescenta ainda: “robôs comestíveis podem ser usados para entregar alimentos em áreas ameaçadas, entregar medicamentos de maneiras inovadoras a pessoas com dificuldade de engolir ou a animais, ou até mesmo monitorizar alimentos”.