As últimas horas não têm sido fáceis para a Apple. Isto porque o Apple Intelligence tem dado muito que falar e não tem sido pelos melhores motivos. Ao que tudo indica, a ferramenta de Inteligência Artificial (IA) tem dado erros graves.
Num caso recente, relatado pela MacRumors, a IA da Apple criou uma manchete noticiosa falsa sobre um suposto suicídio que, na verdade, não aconteceu. Recorde-se que o Apple Intelligence, com a ajuda da IA, resume o conteúdo das notícias ao leitor.
O “suicídio” relatado pela Apple tem gerado indignação
Nesta falha da Apple, foi atribuída à BBC News a notícia de que Luigi Mangione se havia matado. Vale a pena recordar que este é suspeito de ter assassinado o CEO da United Health, Brian Thompson, em Nova Iorque.
Face a esta invenção do Apple Intelligence, quem se pronunciou foi a Reporters Without Borders (RSF). A associação de jornalistas pediu que a Apple desativasse esta ferramenta de resumos de notificações de artigos noticiosos com IA.
Segundo a RSF, os resumos feitos pela Apple são “imaturos” e não têm a capacidade de criar boa informação que os leitores possam confiar. Nesse seguimento, Vincent Berthier reflete acerca das potencialidades da IA que não se alinham com o que o rigor jornalístico requer.
Na perspetiva do chefe do departamento de tecnologia e jornalismo da RSF, "a IA é uma máquina de probabilidade, e os factos não podem ser determinados por acaso". Berthier alertou ainda para os perigos destas invenções feitas por IA, em termos de informação pública.
BBC processou a Apple pelo “engano” da Apple Intelligence
Depois deste equívoco com o falso suicídio de Luigi Mangione, a BBC confirmou que instaurou um processo formal contra a Apple. De acordo com a mesma fonte de informação, não é só a BBC que tem razões de queixa, já que aconteceu um caso semelhante com o New York Times.
Recentemente, a IA da Apple resumiu que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, havia sido preso. Mais uma vez, uma informação que não corresponde à verdade. Isto porque o artigo apenas discutia um eventual mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional.
Sobre o assunto, a Apple ainda não teceu qualquer comentário. Resta esperar para ver se a empresa faz algum ajuste ou, até mesmo, se desativa a funcionalidade de resumo de notícias.
Imagem Ilustrativa (via Copilot)