Num espaço com quase 1000 metros quadrados, localizado nas proximidades de Helsínquia, a Huawei tem o seu Health Lab europeu. Este é o único da Europa, com os restantes laboratórios da marca a estarem localizados em território chinês.
Ao entrarmos, sentimos logo o ambiente de alta competição com diversos equipamentos de desporto espalhados pelo espaço e com áreas específicas para a realização de testes. Esta é uma “plataforma de investigação e desenvolvimento tecnológico de algoritmos de desporto e fitness, em situações de vida real”, explica a Huawei.

Sim é aqui que tudo começa, como o 4gnews testemunhou. Neste espaço trabalha uma equipa de investigação científica multidisciplinar que conta com mais de 25 especialistas, nas áreas de medicina, fisiologia, Inteligência Artificial, Machine Learning e engenharia de software.
Todos a trabalhar em conjunto para criar os algoritmos mais precisos na monitorização de parâmetros de saúde e desporto. O Huawei Health Lab de Helsínquia consegue reproduzir o ambiente para mais de 20 modalidades desportivas.
Mas não se fica por aqui. É também capaz de monitorizar mais de 200 indicadores fisiológicos e biomecânicos. E sim, todos estes dados são cruciais quando estão a desenvolver um novo smartwatch.

O tal ambiente de alta competição divide-se em cinco áreas: um ginásio aberto com vários equipamentos disponíveis, uma passadeira de alta precisão, uma passadeira multifuncional, uma piscina de contra corrente e ainda um simulador de esqui. Este último é modelo único nos laboratórios da Huawei.
Em todos estes ambientes, a Huawei conta com atletas de alta competição “reformados” das provas internacionais para efetuar as suas experiências. Mas vamos então falar e ver um pouco de cada uma destas áreas que são vitais para a criação de um wearable.
A piscina de contracorrente foi construída mediante os padrões profissionais atualmente em vigor e conta com 2,7x6,4x1,6 metros de dimensões. Está equipada com jatos de água dinâmicos para produzir um caudal de até 350m3 por hora.
Como não podia deixar de ser, tem também vários sensores para que o desempenho e parâmetros fisiológicos dos atletas seja devidamente monitorizado, durante todo o teste.

Neste caso em específico, o atleta não tem nenhuma ligação às máquinas que rececionam os dados recolhidos. Os sensores na piscina tratam discretamente de tudo.
Depois de várias braçadas num local que, apesar de pequeno, é gigante em possibilidades, passamos ao simulador de esqui. Este é o único modelo disponível para recolha de métricas nesta modalidade. Está posicionado no laboratório de Helsínquia, por este desporto ser especialmente apreciado na Europa. E tendo em conta as condições climatéricas naquela zona do mundo, percebe-se a escolha, tanto da Huawei, como dos apreciadores e esqui.
Este é um simulador capaz de “dar” velocidade, inclinação, rotas e bastões ajustáveis. Tudo para proporcionar uma experiência interativa. Constatámos que essa interatividade acontece, só ficando a faltar os “respingos” de neve.
Este simulador conta também com sensores, capazes de detetar a velocidade do atleta, posição, ângulos de carving, força e desempenho. Também provoca alguns calafrios a quem está a ver, quando se testa as “derrapagens”. Mais uma vez, os dados são recolhidos por sensores, posicionados na pista.
De seguida, damos uma “corrida” até à passadeira multifuncional. Aqui são testadas várias modalidades – corrida, ciclismo, corrida em cadeira de rodas – com uma velocidade ajustável que pode ir até um máximo incrível de 50 quilómetros por hora.
Esta passadeira trabalha com dados de dispositivos GPS, o que significa que consegue simular terrenos e/ou rotas concretas. Tudo para proporcionar o cenário mais realista possível.
Uma câmara deteta o desempenho do atleta e vai fornecendo feedback em tempo real. Para quem quer melhorar o seu desempenho, esta é uma funcionalidade crucial. Neste equipamento em específico os atletas podem ter uma parafernália de equipamentos especializados ligados a si.
Como podemos ver no vídeo do ciclismo, o atleta tem uma máscara para receber oxigénio, colocada na cara. Um técnico especializado do Huawei Lab está sempre presente em qualquer um destes testes para garantir a segurança do atleta e ajustar os parâmetros necessários de exigência do exercício.
Por exemplo, o atleta começa a correr ou pedalar num ritmo mais lento, assim que o técnico deteta que os seus dados fisiológicos estão dentro dos intervalos normais, os dois conversam para que a velocidade e exigência sejam aumentadas.
Tudo para à ordem do atleta ou se o técnico responsável pela monitorização deteta qualquer tipo de anomalia – por muito reduzida que esta seja. Todos os dados recolhidos são depois trabalhados pela equipa multidisciplinar deste laboratório para darem origem aos conhecidos smartwatches da marca.
O algoritmo TruSport da Huawei começou exatamente neste laboratório de investigação da Finlândia. Assim como o recentemente introduzido sistema de tracking TruSense. Este é capaz de monitorizar e quantificar a capacidade de corrida dos utilizadores, registar e analisar dados, fornecer sugestões, assim como planos de treino personalizados. No novo Huawei Watch 5 tem este ecossistema combinado.
Por sua vez, o igualmente novo Huawei Watch Fit 4 Pro também beneficiou deste centro de pesquisa, contando agora com modos desportivos avançados como corrida em trilhos profissionais e mergulho em profundidade até aos 40 metros. Saliente-se que a modalidade esqui está também disponível nos smartwaches da marca, com o simulador de esqui a dar o seu contributo crucial.
A Huawei abriu as portas do seu Health Lab e nós entrámos para te mostrar como tudo é pesquisado e investigado até chegar ao smartwatch que agora tens no pulso.