Telemóvel sem bateria? A culpa é do 5G, aponta estudo da Ookla

Rui Bacelar
Rui Bacelar
Tempo de leitura: 2 min.

Segundo um recente estudo realizado pela Ookla a utilização das redes móveis de quinta geração, vulgo 5G, provoca um consumo exacerbado de bateria no telemóvel. Mais concretamente, teremos um consumo 11% superior no 5G face às redes móveis 4G LTE.

Para os utilizadores isto significa uma maior necessidade de carregar o telefone, com poucos modelos a aguentarem mais que um dia de uso normal. A transição para o novo padrão de redes 5G tem evidenciado esta problemática que nos mantém mais ligados à tomada.

Ligação 5G consome 11% mais de bateria do que o 4G LTE

5G smartphone Android

O estudo foi realizado pela empresa norte-americana Ookla, entidade que se dedica à análise das redes móveis e de Internet, fornecendo vários serviços de testes e comparações.

Agora, a mesma entidade apurou o diferencial no consumo energético entre as redes móveis 4G LTE e 5G, apontando um aumento de 11% nesta métrica.

Importa frisar que esta informação não é propriamente nova. Aliás, já há alguns anos que sabíamos que o 5G gasta mais bateria do que os padrões de redes anteriores. Porém, esta comparação dá-nos agora uma visão analítica do quanto exatamente está em questão.

Em simultâneo, temos também processadores de nova geração como o Snapdragon 8 Gen 2 da Qualcomm a otimizar este mesmo consumo, apresentando-se como um dos chipsets mais eficiente. Ainda assim, até neste caso o consumo em 5G será maior do que noutras redes móveis.

Consumo energético dispara até 31% em redes móveis 5G

5G redes móveis
Gráfico compara o uso de bateria em diferentes processadores com 5G e 4G LTE. Crédito: Ookla

Tomando o Snapdragon 8 Gen 2 como exemplo, a Ookla comparou os valores de consumo energético entre redes móveis 4G LTE e o 5G. Em segunda instância, tomaram também em apreço o processador Tensor G2 da Google, apurando-se ai a maior diferença.

Com efeito, ao ligar-se às redes móveis 5G o processador da Google tem um "salto" para 40% no consumo energético, face aos 29% apurados ao ligar-se às redes móveis 4G LTE. Ou seja, temos um acréscimo de 11% no gasto energético em redes móveis 5G.

O estudo sinaliza também as diferenças no consumo energético em processadores como o MediaTek Dimensity 9200, o topo de gama, com consumo de 34% nas redes 4G LTE e 45% em 5G.

Em suma, nem todos os processadores apresentam o mesmo agravo ao ligarem-se às mais recentes redes móveis, mas é seguro dizer que todos consumirão mais energia neste padrão de redes.

Felizmente, a cada nova geração de processadores a eficiência desta conexão está, efetivamente, a melhorar gradualmente.

Speedtest Intelligence data finds that 5G usage depletes smartphone batteries faster than 4G-LTE, with a 6% to 11% increased drain. Learn more about battery drain and which chipset vendors are driving efficiency gains: https://t.co/2Wg1HkWWfF pic.twitter.com/r0zln2pXuW

— Speedtest by Ookla (@Speedtest) 5 de julho de 2023

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Rui Bacelar
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O Rui ajudou a fundar o 4gnews em 2014 e desde então tornou-se especialista em Android. Para além de já contar com mais de 12 mil conteúdos escritos, também espalhou o seu conhecimento em mais de 300 podcasts e dezenas de vídeos e reviews no canal do YouTube.