Volkswagen ID.3. Carro elétrico foi enxovalhado pela imprensa alemã

Rui Bacelar
Rui Bacelar
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O Volkswagen ID.3 reúne as maiores esperanças da gigante alemã para o crescente mercado de veículos elétricos. Infelizmente, após ser analisado pela Auto Motor und Sport, publicação líder de segmento na Alemanha, as críticas foram acutilantes.

De acordo com a imprensa alemã, o Volkswagen ID.3 não atingiu os padrões de qualidade de acabamentos e pormenores a que a marca nos habituou. Aliás, não só a qualidade de acabamentos terá deixado muito a desejar, mas também a sua autonomia.

O ID.3 é o mais recente carro elétrico da Volkswagen

As tolerâncias, encaixes e outros pormenores de acabamentos terão desiludido a publicação alemã. Segundo avança a agência Reuters, estas conclusões foram avançadas após o teste a um dos veículos elétricos antes do seu lançamento no mercado.

"O interior do capô parece ter sido pintado com uma lata de spray", pode ler-se na publicação alemã, lamentando a inobservância da habitual qualidade de construção que associamos à Volkswagen e demais fabricantes alemãs.

Vale referir que a crítica foi feita a um veículo de pré-produção, entregue para efeitos de teste e divulgação pela imprensa. Com toda a certeza, esta não foi a avaliação que a gigante automóvel queria ver nas semanas que antecedem o lançamento do carro.

Folgas nos painéis, imprecisões e lentidão

A publicação refere folgas na montagem de alguns painéis, além da lentidão no arranque do sistema de informação e entretenimento (infotainment). Além disso, o sistema de navegação apresentava sérias falhas, entre outros pontos que não escaparam à crítica.

Por outro lado, a publicação alemã refere que o poder do carro era bom, bem como o conforto da viagem. Ainda assim, criticaram bastante a autonomia de 359 km, um ponto fraco face às alternativas que já existem no mercado em 2020.

As críticas chegam agora que Herbert Diess relegou as tarefas de gestão diárias para outras mãos. A decisão foi tomada após ter recebido críticas dos diretores laborais da VW devido ao seu estilo de gestão que terá causado desconforto interno.

Diess já conduziu o Model Y e Musk o ID.3

"Este carro é para nós, em vários aspetos, (não todos), uma referência. A experiência do utilizador, a facilidade e possibilidade de o atualizar, as caraterísticas da condução, o desempenho dos modelos de topo e as redes de carregamento", referiu Diess.

O encontro dos dois líderes a 3 de setembro, na Alemanha, também deu a Elon Musk a oportunidade de conduzir o ID.3, sendo bastante comedido nos comentários e criticando apenas a aceleração do carro elétrico.

O grupo VW planeia produzir até 1,5 milhões de carros elétricos até 2025 entre as suas várias marcas.

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Rui Bacelar
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