Smartphones Android podem chegar com malware instalado de fábrica

Carlos Oliveira
Carlos Oliveira
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A equipa de segurança da Google conhecida como Project Zero, fez uma descoberta para a qual devemos alertar todos os utilizadores Android. Segundo Maddie Stone, um dos seus membros, existem smartphones que vêm com malware instalado de fábrica.

Este software malicioso vem incluído em algumas das aplicações pré-instaladas nesses equipamentos. Isto significa que um equipamento novinho em folha pode conter programas que comprometem a segurança dos utilizadores.

Este método torna-se bastante eficaz porque os meliantes têm apenas de convencer uma empresa a instalar esse software nos seus smartphones. Deste modo, o esforço é minimizado e o impacto maximizado.

Como funciona este esquema?

Ao conseguir convencer uma empresa a instalar este software nos seus equipamentos, os hackers conseguem alcançar todos aqueles que comprem um smartphone dessa marca. Assim, poupam no trabalho de tentar convencer os utilizadores a fazer o download desse programa.

Uma vez instalado num smartphone, este malware consegue apresentar anúncios fraudulentos, enviar mensagens de texto ou até instalar outras aplicações maliciosas. E o prior de tudo é que muitos deles conseguem inclusive esconder a sua existência do utilizador.

Isto significa que estes malwares poderão estar a correr em segundo plano no teu equipamento sem saberes que ele lá está. Algo que torna este esquema ainda mais eficaz.

Este esquema predomina no programa AOSP

De acordo com as conclusões partilhadas por Maddie Stone, membro do Project Zero da Google, este esquema impacta apenas o programa AOSP. Este consiste numa alternativa à versão completa do Android disponibilizada pela Google e que predomina em smartphones mais económicos.

Significa, portanto, que marcas como a Samsung, Google, Huawei e semelhantes estão imunes a este cenário. Isto porque todas elas fazem uso do Android disponibilizado diretamente pela Google.

Stone alerta ainda para o facto de muitos destes equipamentos trazerem entre 100 a 400 aplicações pré-instaladas. Certamente que muitas delas não serão úteis para a maioria dos utilizadores, mas a sua presença é o veículo para este novo esquema.

Perante este cenário, a Google tem vindo a analisar aplicações instaladas de fábrica nestes equipamentos. De acordo com os dados revelados, entre março de 2018 e março deste ano, a tecnológica foi capaz de reduzir o número destas aplicações de 700 milhões para 700 mil.

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Carlos Oliveira
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No 4gnews desde 2015, escreve e acompanha as últimas tendências, sobretudo smartphones, para que os leitores estejam sempre bem informados.