Os Cães e a Mentira: será que eles sabem quando são enganados?

Luís Guedes
Luís Guedes
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Um pouco por todo o mundo, existem milhões de pessoas apaixonadas por cães. Os amigos de quatro patas são companhia, mas pelos vistos, podem ser mais inteligentes do que pensamos. Um estudo indica que os cães têm a capacidade de detetar a mentira.

A pesquisa foi liderada por Akiko Takaoka, da Universidade de Kyoto, no Japão. Este teve como objetivo descobrir se os cães sabem em quem acreditar. Para isso, os exemplos utilizados envolveram comida.

De acordo com a Upworthy, os pesquisadores apontaram para dois recipientes: o primeiro estava cheio de comida e o segundo estava vazio. Supostamente, os cães seguiram as indicações humanas. Correram em direção aos dois recipientes e constataram a óbvio: um tinha comida e o outro não.

Na terceira indicação, os cães recusaram-se a ir até ao recipiente

Cães Cientistas
Imagem Ilustrativa (via Copilot AI)

Posto isto, de forma a entender a psicologia animal, foi dada uma terceira indicação. Os pesquisadores terão apontado, novamente, para um recipiente com comida. A diferença é que, desta vez, os cães não obedeceram aos cientistas.

Como refere a mesma fonte de informação, dos 34 cães usados na pesquisa, nenhum deles foi ao recipiente da terceira vez. O estudo em questão evidencia que os cães tendem a identificar a mentira.

Nas palavras de Takaoka, autor do estudo, “os cães têm uma inteligência social mais sofisticada do que pensávamos. Esta inteligência social evoluiu seletivamente na sua longa história de vida com os humanos”. O próprio ainda destaca a rapidez com que estes “desvalorizam a fiabilidade de um humano” (via Upworthy).

Os cães tendem a preferir comportamentos previsíveis

Sobre a psicologia canina, um estudioso da Universidade de Bristol identifica padrões no comportamento dos cães. Como refere John Bradshaw, estes tendem a preferir comportamentos previsíveis. Antes pelo contrário, a inconsistência tende a gerar stress nos cães.

Ao que tudo indica, a experiência irá ser repetida. A diferença é que, da próxima vez, o alvo serão os lobos. De acordo com a mesma fonte de informação, o objetivo é ter um elemento comparativo, que permita entender se existem efeitos profundos de domesticação nos cães.

Luís Guedes
Luís Guedes
É apaixonado pela escrita. Desde tecnologia, a entretenimento, passando sempre pela música e pelos livros, o Luís é fascinado por tornar o complexo em simples e o simples em ainda mais simples.