'Gaming mobile está limitado pelo software, não hardware' afirma Razer

António Guimarães
António Guimarães
Tempo de leitura: 3 min.

É mais do que óbvio que a Razer abandonou o negócio dos smartphones, para já. Uma decisão algo estranha após lançar dois modelos do Razer Phone num mercado crescente.

O nicho do gaming mobile está a ver apostas de todo o tipo de marcas como Asus, Xiaomi, Nubia e Vivo. O CEO da empresa, Min-Liang Tan, justificou esta decisão dizendo que faz parte da sua estratégia de mercado.

Durante uma recente entrevista, Liang Tan anunciou uma parceria com a Tencent, a distribuidora do PUBG Mobile e outros títulos. O mesmo afirma que a experiência de jogos nos smartphones precisa de ser bem mais otimizada do que a que temos actualmente.

A Razer acredita que o software tem de melhorar bastante nos smartphones gaming

O CEO da Razer deu o exemplo dos periféricos e como é impossível ligar um teclado ou rato a um smartphone de forma funcional sem utilizar alguns 'truques' alternativos.

Liang Tan acrescentou a impossibilidade de mapear botões da mesma forma como podemos no computador. Poder atribuir funções diferentes no ecrã tátil ou mesmo utilizar os botões físicos do smartphone para jogar são detalhes que não existem.

Devo concordar plenamente pois o formato que um smartphone oferece não é de todo vantajoso para jogar FPS, por exemplo. Apesar de títulos como Fortnite e PUBG Mobile serem populares em telemóveis, simplesmente não considero prático apontar a mira num ecrã tátil.

Os jogos mobile não estão optimizados para periféricos

Existem periféricos alternativos como gatilhos ou capas que agem como joystick. No entanto, por melhores que sejam o sistema simplesmente não está otimizado para fazer uso decente deles.

Mesmo que consigas ligar o rato e teclado ao teu smartphone, a versão mobile do jogo em questão não está otimizada para periféricos. Está otimizada para um ecrã tátil.

De facto, parece que as distribuidoras de jogos querem ter os seus títulos em versões 'deslavadas' mobile. De preferência com muitas micro-transações e caixas de recompensas.

A Razer quer criar um padrão para smartphones gaming e os respetivos jogos

Liang Tan comparou a experiência de jogar um jogo obviamente programado para se jogar melhor com teclado e rato (FPS, por exemplo) com um comando de joysticks. Um rato será sempre mais preciso.

De forma a resolver isto, a Razer afirma que está a trabalhar com programadores de jogos para acabar com essa discrepância. A fabricante de periféricos pretende criar um padrão de input para periféricos.

Além disso, a Razer pretende desenvolver os jogos de forma a refletirem o suporte nativo aos mesmos periféricos. Esse esforço para criar um padrão passará também por criar títulos que usufruam de taxas de atualização sem limites.

Porque é que a Razer parou de fazer telemóveis?

Quando questionados sobre o futuro do Razer Phone, Liang Tan afirmou que o smartphone atingiu os objectivos que a empresa queira. O CEO não quis adiantar-se muito sobre o assunto portanto fez uma declaração mais geral sobre o mercado.

Assim sendo, Liang Tan mencionou a transição do 5G como razão principal para a Razer ter feito uma 'pausa' na produção de smartphones, embora não o tenha dito directamente.

"Se eu quero comprar um smartphone gaming, quero um com 5G. Mas se comprar com 5G, ainda não tenho rede para tal'" - Min-Liang Tan.

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António Guimarães
António Guimarães
Juntamente com os seus atuais companheiros Mi A2 e Surface Go, batalha para elucidar as massas sobre todos os acontecimentos da esfera tecnológica. "Informação é poder" é a frase que o acompanha diariamente. Talvez um dia a coloque numa t-shirt.