Ecrãs defeituosos do Samsung Galaxy Fold: Tudo o que precisas saber!

António Guimarães
António Guimarães
Tempo de leitura: 4 min.

O Galaxy Fold era suposto arrancar com uma campanha de pré-venda esta sexta dia 26 nos Estados Unidos. Infelizmente, o lançamento foi cancelado para essa data de acordo com um relatório do Wall Street Journal.

O jornal americano indica que este cancelamento foi feito na sequência dos ecrãs defeituosos. Vários Youtubers de tecnologia receberam o Galaxy Fold para testar em mãos e os resultados não foram positivos.

Não foram especificadas novas datas mas tudo indica que a Samsung não irá esperar muito. Um novo lançamento poderá ser feito já em maio pois a empresa pretende lançar o seu smartphone dobrável o mais depressa possível.

Talvez seja mesmo esse o problema, que até me relembra o escândalo dos Note 7, de certa forma. A Samsung parece ter lançado um produto de forma apressada, resultando num equipamento inacabado, com defeitos comuns.

O primeiro problema do Galaxy Fold: o plástico

Este é o problema mais óbvio do smartphone e o único que é solucionável, de certa forma. O Galaxy Fold tem uma camada plástico em cima do painel que lhe permite fazer a dobra.

A questão é que como consumidores, estamos habituados a ver uma película de plástico por cima dos ecrãs dos smartphones. O nosso primeiro instinto ao comprar um é retirar essa película protectora temporária.

No Galaxy Fold não é suposto remover essa película pois ela integra a estrutura do ecrã. Vários utilizadores a retiraram e viram os seus ecrãs a estragarem-se rapidamente.

Este é simplesmente um hábito que adquirimos depois de anos e anos a manusear smartphones. Para incentivar ainda mais a sua remoção, a película de plástico não cobre o ecrã por inteiro, deixando um espaço que parece mesmo perfeito para introduzirmos o dedo e retirarmos.

Supostamente, algumas caixas do Galaxy Fold contém um aviso que pede ao utilizador para não retirar a película ou estará a comprometer a estrutura do ecrã. Contudo, a maioria dos Youtubers de tecnologia e jornalistas não tinham esse aviso na caixa, resultando em vários incidentes.

Seja como for, apesar de ser uma falha no design, é algo evitável. Tomando conhecimento já será possível evitar esta avaria, simplesmente não removendo o plástico por mais tentador que seja.

O segundo problema do Galaxy Fold: o ecrã é simplesmente frágil

Este é um problema inevitável pois estamos a testemunhar a primeira geração dos smartphones dobráveis. Só com melhorias na tecnologia e muita curva de aprendizagem é que as fabricantes vão começar a 'entrar nos eixos'.

Dito isto, estamos a falar de um ecrã que é plástico, o que a Samsung chamada Infinity Flex Display. É um ecrã de plástico, ponto final. Afinal, o vidro flexível ainda não é uma opção viável portanto a gigante coreana teve que optar por materiais mais viáveis.

A verdade é que a estrutura do ecrã é facilmente comprometida pelo que já vimos, basta remover a película de plástico. Além disso, não há indicações que o material consiga aguentar o dobrar e desdobrar constante por muito tempo.

Alguns utilizadores no Twitter relataram que o ecrã deixou simplesmente de funcionar, mesmo com o plástico intacto. Outros mostraram 'enchumaços' na dobra do ecrã, deixando-o inutilizado.

Estas são consequências óbvias de um produto que está na primeira geração e que parece não ter sido afinado. Em comparação, o Mate X da Huawei parece ser estruturalmente mais íntegro, embora ainda estejamos para ver testes extensivos.

Por alguma razão, os maiores Youtubers de tecnologia da plataforma não receberam o Mate X para testes. Talvez depois deste 'escândalo' todo com a Samsung a Huawei decida enviar umas unidades.

Não vale a pena arriscar num produto de primeira geração

Independentemente dos problemas no ecrã, resume-se a isto: o Galaxy Fold é um smartphone caro e um produto de especialidade. É o primeiro do seu género e quem o comprar e utilizar, será 'cobaia' para todos os seus problemas e defeitos.

Aqui em Portugal, dificilmente veremos esse equipamento pois o nosso mercado é demasiado pequeno. Alguém com dinheiro a sobrar na carteira poderá investir num Galaxy Fold só porque sim mas não deixa de ser má ideia.

A Samsung não revelou novas datas para a pré-venda do Galaxy Fold nos Estados Unidos mas não deverá demorar muito. Especula-se que na Coreia do Sul, terra natal da empresa, o lançamento também seja adiado.

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António Guimarães
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Juntamente com os seus atuais companheiros Mi A2 e Surface Go, batalha para elucidar as massas sobre todos os acontecimentos da esfera tecnológica. "Informação é poder" é a frase que o acompanha diariamente. Talvez um dia a coloque numa t-shirt.