Portugal registou um crescimento de 62% nos carregamentos de veículos elétricos (VEs) na rede pública em apenas um ano. Estas informações provêm da Mobi.E, uma empresa pública responsável pela gestão e monitorização da rede de postos de carregamento elétrico no país.
Segundo os dados da Mobi.E, foram realizados cerca de 400 mil carregamentos durante o mês de janeiro, representando um aumento de 62% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Além disso, a entidade pública revelou que o número de condutores que utilizaram a rede atingiu os 67 400, o que representa um crescimento de 63%.
A infraestrutura para VEs em Portugal continua a crescer vigorosamente
O comunicado da Mobi.E também apresentou outros dados que evidenciam o crescente interesse dos portugueses pelos veículos elétricos. Segundo a empresa, o consumo energético em janeiro deste ano atingiu os 7 816 000 quilowatts hora (kWh), representando um aumento de 82% em relação a janeiro de 2023.
Este aumento, por sua vez, reflete a expansão da rede de carregamento. No primeiro mês do ano passado, o total de postos de carregamento rápidos ou ultrarrápidos era de 1 650. Este ano, a Mobi.E encerrou janeiro com quase 4 500 postos de carregamento, totalizando mais de 8 000 pontos de carregamento de acesso público.
Atualmente, estima-se que, para cada 100 km de estrada existam, em média, 69 tomadas. Além disso, a potência da rede atual já ultrapassa os 215 500 kW, o que representa um aumento de 7% em relação ao objetivo proposto no regulamento europeu “Alternative Fuel Infrastructure Regulation”.
"Quanto ao impacto da rede Mobi.E no ambiente, em janeiro foram poupadas cerca de 6 000 toneladas de CO2 (dióxido de carbono). Seriam necessárias mais de 115 mil árvores com 10 anos, em ambiente urbano, para absorver o mesmo dióxido de carbono", destacou a Mobi.E.
Com os novos lançamentos e investimentos na indústria de VEs na Europa e em Portugal, espera-se que esses números continuem a crescer. As vendas de VEs, inclusive, já superam as de veículos a diesel em Portugal.
Segundo um inquérito da Mobi.E, esse número ainda não é ainda maior devido ao preço dos automóveis elétricos, que ainda impedem a sua compra pela maioria dos residentes em Portugal.