Apple a descer. Huawei e Honor sobem no mercado chinês

Bruno Coelho
Bruno Coelho
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O início de 2024 não está a ser promissor para o mercado de smartphones na China. Existe uma queda geral de 7% nos pedidos nos primeiros seis semanas do ano. Este declínio é ainda mais acentuado no caso de empresas como a Apple.

A empresa da maçã trincada viu os seus pedidos diminuírem 24%, e a Oppo teve uma redução de 29%. A análise da Counterpoint Research aponta para a baixa confiança dos consumidores e a ausência de grande lançamentos como principais razões para este início de ano desapontante.

Counterpoint
Quota de mercado de unidades vendidas semanais na China e crescimento nas primeiras semanas de 2023 vs. 2024

Huawei cresce 64% e Honor 2%

A contrastar com a tendência geral estão a Huawei e a Honor, que se destacam com um aumento nos pedidos. A procura pela série Mate 60 da Huawei impulsionou um crescimento impressionante de 64% nos seus pedidos.

Esta subida coloca a empresa em segundo lugar no ranking das primeiras seis semanas de 2024, logo atrás da Vivo. A Honor também viu um aumento modesto de 2%, que ainda assim lhe garante o terceiro lugar.

Os analistas da Counterpoint preveem que o crescimento negativo se prolongue pelo primeiro trimestre do ano. A concorrência acirrada no segmento de gama alta e a tendência dos utilizadores da Apple em manter os seus dispositivos por mais tempo são desafios adicionais para a gigante tecnológica recuperar a sua posição no mercado chinês.

Não deixa de ser surpreendente ver uma marca como a Huawei, muitas vezes dada como desaparecida no mercado móvel, a voltar à vida na China. Nos mercados globais a marca não tem acesso aos serviços Google, mas como na China isso não é imperativo, podemos muito bem estar a assistir a um novo fôlego da marca no mercado interno.

Bruno Coelho
Bruno Coelho
Está na 4gnews desde 2017, onde dá asas à sua paixão por escrever sobre as novidades tecnológicas. Durante esse período já fez mais de 100 reviews e marcou presença em alguns dos grandes eventos tecnológicos, como a Mobile World Congress e IFA.